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Brasil registra 504 óbitos por dengue em 2025; estado de São Paulo representa 72,4% do total

Índice nacional foi 83,3% menor do que o contabilizado no mesmo período do ano anterior

Dengue: número de mortes está diminuindo (dimarik/Getty Images)

Dengue: número de mortes está diminuindo (dimarik/Getty Images)

Publicado em 5 de abril de 2025 às 15h04.

De acordo com o de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde, o Brasil registrou 504 óbitos por dengue entre 1° de janeiro e 29 de março. No mesmo período em 2024, eram 3.028 mortes causadas pela doença, a redução foi de 83,3%. São Paulo é o estado com mais registros e representa 72,4% do índice geral, com 365 casos.

Apesar de liderar entre os estados, São Paulo também registrou redução em comparação com o ano anterior. No primeiro trimestre de 2024, foram 767 mortes decorrentes da dengue, 52,4% a mais do que em 2025.

Seguindo São Paulo, os números mais expressivos de óbitos estão no Paraná (31) e Minas Gerais (30).

Mesmo com a redução, em entrevista para Folha de São Paulo, Bárbara Aparecida Chaves, pesquisadora científica especializada em doenças tropicais e infecciosas do Instituto Todos pela Saúde, explica porque os dados ainda são alarmantes.

"É um número ainda chocante se pensarmos que não deveria morrer ninguém por dengue, já que é uma doença conhecida há muito tempo e sabemos como funciona a transmissão e como combatê-la. Apesar de não termos o suficiente para toda a população, hoje em dia temos vacina", afirma.

Sintomas da doença

Segundo Bárbara, a epidemia de dengue em 2025 é semelhante as que aconteceram nos anos anteriores a 2024. Ela alerta para que as pessoas fiquem atentas aos primeiros sintomas da doença:

  • Temperatura corporal acima dos 38°C
  • Dores de cabeça, nas articulações e atrás dos olhos
  • Inflamação dos gânglios linfáticos
  • Coceira
  • Erupções avermelhadas na pele
  • Dor abdominal intensa
  • Vômitos persistentes
  • Sangramentos, principalmente na gengiva ou em mucosas

No caso de pacientes gestantes, idosos, crianças de até dois anos de idade, doentes crônicos, imunossuprimidos e pacientes em tratamento contra câncer ou HIV o cuidado deve redobrada.

Para Folha de São Paulo, Kleber Luz, professor do Instituto da Ciência Tropical da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte) e coordenador do Comitê de Arbovirosesda SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia), a região Norte deve chegar a números mais altos a partir de junho. "No Norte vai crescer, o comportamento da doença é mais no segundo semestre. No Nordeste, no Sudeste e no Sul a doença é mais prevalente no primeiro semestre", afirma Luz.

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