Brasil

Censo 2022: Veja os sete estados que têm mais população idosa do que média brasileira

A pesquisa aponta que o envelhecimento da população brasileira não ocorreu de forma homogênea, o que gera distorções entre regiões e estados brasileiros

14/06/2023 Brasília (DF) - Lar dos velhinhos - Dia Mundial de Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa.   Foto Rafa Neddermeyer/Agência Brasil (Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

14/06/2023 Brasília (DF) - Lar dos velhinhos - Dia Mundial de Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa. Foto Rafa Neddermeyer/Agência Brasil (Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

André Martins
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 27 de outubro de 2023 às 10h00.

Última atualização em 27 de outubro de 2023 às 15h03.

O Brasil tem sete estados com mais população idosa que a média brasileira, segundo dados do Censo Demográfico 2022, divulgados nesta sexta-feira, 27, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

A pesquisa aponta que o envelhecimento da população brasileira não ocorreu de forma homogênea, o que gera distorções entre regiões e estados brasileiros. Enquanto o Norte é o mais novo do país, o Sudeste e o Sul são as regiões mais velhas. Os estados com população idosa acima do percentual nacional são:

  • Rio Grande do Sul - 14,1%
  • Rio de Janeiro - 13,1%
  • Minas Gerais - 12,4%
  • São Paulo - 11,9%
  • Paraná - 11,3%
  • Espírito Santo - 11,2%
  • Paraíba - 11%

A pesquisa evidenciou o envelhecimento da população do país: o grupo agora representa 10,9% do total de habitantes. Em 1980, o Brasil tinha 4,0% da população com 65 anos ou mais de idade. Em 2022, esse grupo etário têm o maior percentual desde 1872, ano de realização do primeiro Censo Demográfico brasileiro. Já a população de até 14 anos de idade, que era de 38,2% em 1980, ou a 19,8% em 2022.

Por que a população idosa cresceu no Brasil?

O aumento de idosos e diminuição de crianças são parte da transição demográfica iniciada na década de 1940, quando ocorreu alteração dos altos níveis de mortalidade e fecundidade, para baixos níveis de ambas as componentes demográficas.

As melhores condições sanitárias e avanços na área de saúde diminuíram a mortalidade da população, ao mesmo tempo que a maior urbanização, maior inserção da mulher no mercado de trabalho e avanços no planejamento reprodutivo com uma maior utilização de métodos contraceptivos diminuíram a taxa de nascimento.

"A partir do Censo Demográfico 1991, os nascimentos diminuem de forma constante, alterando o formato clássico da pirâmide etária de um país jovem, para uma pirâmide com o seu meio e topo relativamente mais inchados", justifica a pesquisa.

LEIA TAMBÉM:

Acompanhe tudo sobre:Terceira idadeCenso 2022IBGE

Mais de Brasil

Alexandre de Moraes rejeita recurso apresentado pela Defensoria em nome de Zambelli

Entenda o motivo da prisão do ex-ministro Gilson Machado e sua ligação com Mauro Cid

STF manda prender Mauro Cid, mas revoga ordem em sequência, diz jornal

Defesa de Cid pede ao STF investigação de perfil citado em interrogatório de trama golpista