STF investiga deputada após condenação de 10 anos por tentativa de golpe e desinformação
Carla Zambelli: investigação do STF após fuga do Brasil e condenação por obstrução de Justiça (Reprodução)

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Agência o Globo
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Publicado em 5 de junho de 2025 às 07h23.

Última atualização em 5 de junho de 2025 às 07h24.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quarta-feira, 4, a abertura de investigação contra a deputada Carla Zambelli (PL-SP), que saiu do Brasil após ser condenada a dez anos de prisão por obstrução de Justiça e coação no curso do processo da tentativa de golpe de Estado.

"As diversas entrevistas da ré, em 3/6/2025, indicam que a sua fuga do território nacional se reveste, além da tentativa de impedir a aplicação da lei penal, também, na reiteração das condutas criminosas de atentar contra as Instituições, por meio de desinformação para descredibilizar as instituições democráticas brasileiras e de interferir no andamento de processos judiciais em trâmite nesta CORTE", diz Moraes na decisão.

O ministro também determinou que a Polícia Federal monitore e preserve o conteúdo publicado pela deputada nas redes sociais.

"Em virtude de encontrar-se fora do território nacional, DEFIRO a possibilidade de que os esclarecimentos de CARLA ZAMBELLI SALGADO DE OLIVEIRA sejam dados por escrito e que a mesma seja notificada, inclusive, por seus endereços eletrônicos", determinou ainda o ministro.

Prisão preventiva e julgamento de recursos

Mais cedo na quarta-feira, o ministro Alexandre de Moraes determinou a prisão preventiva de Zambelli, que anunciou sua saída do Brasil na terça-feira. Ela foi condenada em maio a 10 anos de prisão pela Primeira Turma do STF.

Ainda nesta quarta-feira, Moraes pediu a convocação de uma sessão virtual extraordinária para julgar os recursos da deputada federal contra a condenação a dez anos de prisão sob acusação de comandar a invasão aos sistemas institucionais do CNJ.

O pedido de Moraes foi encaminhado ao presidente da Primeira Turma da corte, ministro Cristiano Zanin, colegiado responsável pelo caso. O relator quer que a análise do caso ocorra na próxima sexta-feira, em sessão virtual.

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