Dez unidades da federação têm pelo menos 10% das pessoas sem nenhuma crença religiosa; Chuí (RS) possui 37,8% da população que se declara sem nenhuma crença
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Publicado em 6 de junho de 2025 às 12h52.

Última atualização em 6 de junho de 2025 às 13h38.

Rio de Janeiro e Roraima são os estados do país em que mais pessoas se declaram sem religião, segundo os dados divulgados nesta sexta-feira, 6, pelo IBGE do Censo de 2022, com mais de 16% em cada um. Na outra ponta, o Piauí — estado com maior percentual de católicos do Brasil — é aquele em que menos gente tem alguma crença.

Abaixo, é possível consultar essas informações escolhendo o grupo religioso e o estado.

EstadoNúmero de Sem Religião
Rondônia174574
Acre76608
Amazonas237767
Roraima86216
Pará481039
Amapá45842
Tocantins82560
Maranhão405845
Piauí121603
Ceará401128
Rio Grande do Norte213484
Paraíba211164
Pernambuco812594
Alagoas247848
Sergipe173517
Bahia1586137
Minas Gerais1034941
Espírito Santo385418
Rio de Janeiro2388904
São Paulo4095180
Paraná602549
Santa Catarina420588
Rio Grande do Sul847293
Mato Grosso do Sul210472
Mato Grosso251912
Goiás512330
Distrito Federal277831

A categoria de pessoas sem religião no Brasil chegou a 9,3% da população, um aumento de 1,3 ponto percentual em relação ao último Censo, de 2010, atrás apenas de católicos e evangélicos. Esse grupo é caracterizado por ateus, agnósticos e pessoas que não professam qualquer crença.

Composta majoritariamente por homens (56,2%), essa parcela da população é predominante na faixa etária de 20 a 24 anos, que representa 14,3% dos não religiosos. No Chuí (RS), 37,8% da população se definiu sem religião. A cidade é a única do país onde esse grupo prevalece entre todos os outros. Ela faz fronteira com o Uruguai, país com o maior percentual de pessoas sem filiação religiosa na América Latina.

Religião no Brasil

O crescimento do número de evangélicos perdeu ritmo no Brasil nos últimos 12 anos. Com isso, o país segue tendo maioria de católicos, mas esse grupo teve queda de quase 10 pontos percentuais neste mesmo período. Os dados mostram ainda que adeptos da umbanda e do candomblé; pessoas sem religião; e outros segmentos religiosos (judaísmo, islamismo, budismo etc.) cresceram nesses 12 anos.

O IBGE traçou o perfil religioso da população residente no país, com perguntas como “Qual a sua religião ou culto?”, destinadas a pessoas com 10 anos ou mais, e “Qual a sua crença, ritual indígena ou religião?”, aplicadas apenas em terras e setores censitários indígenas. Depois disso, os dados são agrupados por grandes grupos: Católico Apostólico Romano; evangélicas; umbanda e candomblé; espírita; não tenho religião; e outros.

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