Desde o início do ano legislativo, o Senado não conseguiu entrar no eixo do debate político e da discussão sobre os rumos do País e tem se dedicado a análises de projetos irrelevantes Plenário do Senado Federal durante sessão deliberativa ordinária destinada à apreciação das Medidas Provisórias nºs 1.145 e 1.146, de 2022 (pendentes de leitura), 1.151 e 1.152, de 2022 (pendentes de recebimento), e do projeto de lei (PL) 256/2019, que reconhece as escolas de samba como manifestação da cultura nacional. À mesa, presidente do Senado Federal, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) conduz sessão. (Jefferson Rudy/Agência Senado/Flickr)Estadão ConteúdoAgência de notíciasPublicado em 7 de maio de 2023 às 15h57.Última atualização em 7 de maio de 2023 às 15h58. 6f4d5g

Em busca de protagonismo e de aproximação com o governo Lula, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), acumula derrotas e é ofuscado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), com quem trava uma "queda de braço". Desde o início do ano legislativo, o Senado não conseguiu entrar no eixo do debate político e da discussão sobre os rumos do País e tem se dedicado a análises de projetos irrelevantes.

Até mesmo as principais "batalhas" do momento no Legislativo, como a da instalação das comissões parlamentares de inquérito para investigar os ataques de 8 de janeiro e o Movimento dos Sem Terra (MST), estão com os holofotes voltados para os deputados.

Veja também 5y156t

A MI dos Atos Golpistas, por exemplo, poderia ter ficado no Senado - onde, aliás, o governo teria mais controle. Mas, mesmo com todos os movimentos de Pacheco para protelar a sua criação, a ação de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) levou a um cenário que obrigou os petistas a se articularem para não deixar a oposição dominar por completo o colegiado.

A senadora Soraya Thronicke (União-MS) coletou s para uma criação da I e expediu um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) contra Pacheco por não pautar o requerimento. Pacheco se defendeu dizendo que não instaurou a I porque o pedido foi feito em janeiro e o regimento interno do Senado proíbe que as comissões parlamentares se estendam por mais de uma legislatura. Soraya repudiou avaliações de que teria de coletar novos apoios ao requerimento porque seu pedido não tinha mais validade.

"Eu não sou palhaça", reagiu ela, em março. "Será que eles (os governistas) preferem uma MI enviesada, controlada por um deputado investigado, que já tem respostas prontas">política de privacidade