Segundo Gustavo Pimenta, o Brasil e a Vale têm potencial de ser líder na oferta desses produtos, mesmo diante das incertezas geopolíticas com a guerra tarifária
Gustavo Pimenta: foco está na oferta de minerais para tecnologia, inteligência artificial (Júlia Bandeira/ Fórum Esfera Brasil)
Antonio Temóteo

Repórter especial de Macroeconomia

Publicado em 7 de junho de 2025 às 10h01.

Última atualização em 7 de junho de 2025 às 10h32.

Guarujá (SP)* - O CEO da Vale, Gustavo Pimenta, afirmou neste sábado, 7, durante participação no Fórum Esfera, que os setores de tecnologia e inteligência artificial demandarão uma oferta de minerais críticos 10 vezes maior do que a atual. Segundo ele, o Brasil e a Vale têm a qualificação necessária para liberar a oferta desses produtos, mesmo diante da incerteza global de curto prazo com a guerra tarifária.

“Temos o potencial de ser, talvez, a maior força na oferta de minerais críticos —e aqui incluo minério de ferro de alto teor para ajudar a indústria em descarbonização. Mas o foco está na oferta de minerais para tecnologia, inteligência artificial. Tudo isso requer um aumento muito grande na oferta desses minerais. Existem estudos que falam entre cinco a 10 vezes do que a gente levou 100 anos para desenvolver de oferta”, disse.

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Pimenta também afirmou a Vale está “profundamente” inserida neste debate, porque o tema dos minerais críticos se tornou um assunto geopolítico internacional e nacional.

“A gente vê os Estados Unidos fazendo uma série de movimentos no sentido de garantir a oferta de minerais críticos. A gente tem a visão de que, no médio e longo prazo, eles terão uma relevância para o mundo, assim como o petróleo teve nos últimos 100 anos. E acho que os países estão observando isso. A gente vem observando na Vale nos últimos anos e nos posicionando para ser um ofertante dentro dessa indústria. O Brasil tem um potencial minerário, talvez o maior do mundo”, completou.

A guerra tarifária, nesse contexto de aumento de demanda, traz incerteza para os negócios, mesmo para empresas que têm poucos negócios com os Estados Unidos, acrescentou o CEO da Vale.

“Apesar de a Vale vender pouco para os Estados Unidos, os efeitos secundários de guerra tarifaria têm efeito negativo muito grande sobre commodities porque tem arrefecimento do PIB mundial, e commodities andam junto com PIB mundial. O nível de incerteza é muito grande, mas sou otimista, e a Vale e o Brasil tem a oportunidade de ser líder na oferta desses minerais críticos e metais de transição”, finalizou.

*O repórter viajou a convite do Esfera Brasil

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