País registrou 399 transações e US$ 6,8 bilhões em capital mobilizado
(da-kuk/Getty Images)
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Publicado em 17 de abril de 2025 às 15h00.

A Aon plc (NYSE: AON) divulgou o mais recente relatório sobre as atividades do mercado de fusões e aquisições ( M&A ) na América Latina. Realizado em colaboração com a TTR Data e a Datasite, o estudo destaca o Brasil como líder na região no primeiro trimestre de 2025, com 399 transações e US$ 6,864 bilhões de capital mobilizado – queda de 3% e 24%, respectivamente, na comparação com o mesmo período de 2024).

"A diminuição no número de transações e no volume de capital mobilizado reflete um cenário mais cauteloso, mas mantivemos nossa posição de liderança no número de fusões e aquisições , o que evidencia o contínuo interesse dos investidores no país, ainda que em um contexto volátil", afirma André Nogueira, líder de M&A and Transaction Solutions para o Brasil na Aon.

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O mercado transacional latino-americano registrou um total de 630 fusões e aquisições no primeiro trimestre de 2025, entre anunciadas e concluídas, com um valor agregado de US$ 11,641 bilhões (queda de 11% e 27%, respectivamente, em comparação com o primeiro trimestre do ano ado).

"O número de fusões e aquisições na América Latina têm diminuído devido a uma combinação de fatores que aumentam a percepção de risco e reduzem a previsibilidade para os investidores. A região está ando por um período de incerteza política e regulatória, com eleições no México e Chile, e volatilidade em mercados como Colômbia e Peru, somado a um cenário de incertezas geopolíticas e instabilidade macroeconômica. Embora setores como saúde, tecnologia, logística e infraestrutura continuem apresentando oportunidades, o ambiente geral exige uma avaliação mais rigorosa dos riscos, o que impacta a atividade de M&A na região", explica Pedro da Costa, líder de M&A and Transaction Solutions para América Latina na Aon.

Private Equity e Venture Capital

No primeiro trimestre de 2025, foram registradas um total de 29 transações de private equity, nove das quais tiveram um valor agregado não confidencial de US$ 1,192 bilhão, representando uma redução de 56% no número de transações e uma queda de 40% no seu valor, em comparação ao mesmo período em 2024.

No segmento de Capital de Risco , foram concluídas 130 transações no primeiro trimestre do ano, 82 das quais tiveram um valor agregado não confidencial de US$ 806 milhões, o que representa uma redução de 29% no número de transações e uma queda de 42% no capital mobilizado na comparação anual.

Classificação das transações por país

Na sequência do Brasil, que liderou o ranking dos países mais ativos da região, está a Argentina, com 61 transações (aumento de 27%) e US$ 1,75 bilhão em valor agregado (aumento de 125%) em relação ao mesmo período do ano ado, tornando-se o único país com resultados positivos na região.

O Chile, por sua vez, também subiu no ranking, com 60 transações (queda de 34%) e capital mobilizado de US$ 1,048 bilhão (queda de 68%), seguido pelo México, com 54 transações (queda de 40%) e capital mobilizado de US$ 1,039 (queda de 46%).

Já a Colômbia, registrou 50 transações (queda de 33%) e valor agregado de US$ 823 milhões (redução de 71%), em comparação ao mesmo período do ano ado. Por fim, o Peru registrou 25 transações (queda de 39%) e capital mobilizado de US$ 202 milhões (queda de 64%) em relação ao ano anterior.

Cross Border

No cenário internacional, o apetite de investimentos das empresas latino-americanas no exterior se destaca especialmente na América do Norte e na Europa, onde foram concluídas 23 e 21 transações, respectivamente.

Por sua vez, as empresas que mais realizaram transações estratégicas na América Latina vêm da Europa (90), da América do Norte (89), e da Ásia (22).

Destaque de 2025

A transação com maior destaque no primeiro trimestre de 2025 foi a venda pela empresa colombiana Cementos Argos de sua participação de 31% na Summit Materials para a Quikrete. A transação, avaliada em US$ 2,875 bilhões, foi assessorada por consultores jurídicos da Davis Polk e por consultores financeiros do Morgan Stanley, Evercore Partners e Wells Fargo.

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