Com parcelas médias de R$ 349,20 e prazo de 18 meses, governo recomenda atenção às taxas antes da contratação
Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 1 de abril de 2025 às 19h59.

Tudo sobreCrédito consignado
Saiba mais

O novo modelo de consignado para empregados CLT, chamado de Crédito do Trabalhador, liberou R$ 2,8 bilhões em empréstimos para assalariados que solicitaram os valores por meio da Carteira de Trabalho Digital até as 17h desta segunda-feira. O programa entrou em operação em 21 de março.

Os empréstimos foram disponibilizados para 452.445 trabalhadores. No total, foram firmados 453.494 contratos, com parcela média de R$ 349,20 e prazo médio de 18 meses. O valor médio do crédito concedido por trabalhador foi de R$ 6.240,57. Os dados foram divulgados pela Dataprev e reados ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

"O governo federal reforça a orientação para que os trabalhadores comparem as taxas de juros antes de contratar um empréstimo, façam a operação com cautela e priorizem o uso do crédito para quitar dívidas", disse o ministério em nota.

As instituições financeiras avaliam o tempo de trabalho, o salário e as garantias oferecidas nas solicitações de empréstimo. O trabalhador pode optar por oferecer até 10% do FGTS como garantia ou 100% da multa rescisória, mas também tem a opção de não apresentar garantias. Com essas informações, a instituição financeira analisa o risco e define a concessão do crédito. Além disso, o trabalhador não pode comprometer mais de 35% de sua renda com as parcelas mensais.

Caso o trabalhador desista do empréstimo, ele terá um prazo de 7 dias corridos, a partir do recebimento do crédito, para devolver o valor total às instituições financeiras. Além disso, poderá realizar a portabilidade de um empréstimo com juros mais altos para outro com taxas mais baixas. Caso tenha contratado o Crédito do Trabalhador e encontre uma instituição que ofereça condições mais vantajosas, também poderá migrar para a nova oferta.

Novo modelo

Na semana ada, os trabalhadores com carteira assinada, ou seja, sob o regime CLT, aram a ter o à nova plataforma do governo para facilitar a concessão de empréstimo consignado com desconto em folha de pagamentos, batizada de Crédito do Trabalhador. A linha de crédito é destinada a todos os empregados com carteira assinada, um universo de 47 milhões de pessoas, além de assalariados microempreendedores individuais (MEI).

O empréstimo consignado permite o desconto das mensalidades diretamente na folha de pagamento, o que reduz o risco de inadimplência para os bancos e permite uma taxa de juros mais baixa. O problema, porém, é que, no modelo atual, poucos trabalhadores com carteira assinada têm o à modalidade.

A prestação mensal do empréstimo não poderá ultraar 35% do salário do trabalhador.

Acompanhe tudo sobre:FGTSCLTCrédito consignado

Mais de Economia

Brasil pode atrair investimentos com sinalização clara de compromisso fiscal, diz Galípolo

“Estamos colando na mesa um corte nas isenções fiscais”, diz presidente da Câmara

Revisão da vida toda do INSS: Moraes vota para liberar andamento de processos; entenda

R$ 10 bilhões para inovação: edital do BNDES busca projetos de energia limpa no Nordeste

Mais na Exame