O documento também traz a análise do resultado das estatais estaduais por segmento empresarial
Estatais: O maior lucro em 2022 foi obtido pelas companhias do setor de energia, que auferiram R$ 9 5 bilhões (RafaPress/Getty Images)
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 11 de dezembro de 2023 às 11h32.

Última atualização em 11 de dezembro de 2023 às 11h33.

Em 2022, 40% das estatais estaduais tiveram prejuízo, revela a 5ª edição do Raio X das empresas dos Estados brasileiros, divulgado pelo Tesouro Nacional com informações de 292 empresas controladas pelos governos regionais. Foram 116 empresas que fecharam 2022 no vermelho, um avanço em relação a 2021, quando 37% das estatais, ou 112 companhias, tiveram resultado negativo.

"Ao se analisar especificamente as empresas não dependentes, tem-se que 29% delas tiveram perdas financeiras. Esse valor a para 54% se considerarmos apenas as estatais dependentes", diz o relatório do Tesouro divulgado nesta segunda-feira, 11.

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O documento também traz a análise do resultado das estatais estaduais por segmento empresarial. O maior lucro em 2022 foi obtido pelas companhias do setor de energia, que auferiram R$ 9 5 bilhões.

Na sequência, os melhores resultados foram de saneamento, com lucro de R$ 7,5 bilhões e do setor financeiro, que ganhou R$ 3,2 bilhões.

Por outro lado, o pior resultado do período foi registrado pelo setor de transporte, com prejuízos de R$ 8,2 bilhões. "Cabe destacar que esse setor é deficitário especialmente por causa das companhias de metrô", diz o documento. Outro setor com prejuízo foi o de Habitação e Urbanização, que teve cerca de R$ 222 milhões em perdas.

De acordo com o relatório, a quantidade de estatais dependentes com rentabilidade negativa (44%) é maior do que a das estatais não dependentes (27%). O Tesouro pondera que há diversos fatores que podem implicar nesse resultado.

"O fato de as estatais dependentes apresentarem piores resultados pode ser um indicativo de que, de modo geral, a gestão das estatais não dependentes é melhor. No entanto, uma outra explicação para esse resultado pode estar associada ao fato de que alguns setores de serviços essenciais são predominantemente dependentes e possuem a finalidade associada ao atendimento de políticas públicas e não de lucro", diz o texto.

Das 292 empresas controladas pelos Estados, 254 estão em situação ativa e 38 em fase de liquidação.

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