O ministro sinalizou que o governo está monitorando os desdobramentos e avaliando eventuais respostas, mas descartou, por ora, qualquer ação imediata
Fernando Haddad: cautela e diálogo com os Estados Unidos em meio a incertezas econômicas (Dney Justino / Audiovisual / PR)
Agência o Globo

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Publicado em 10 de abril de 2025 às 14h57.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira que ainda é cedo para fazer uma avaliação criteriosa sobre os desdobramentos econômicos das recentes medidas anunciadas pelos Estados Unidos, após declarações do presidente Donald Trump sugerindo o retorno de tarifas protecionistas.

— Como as coisas mudam a cada 24 horas, ainda não há uma diretriz clara, então não é possível, nesses poucos dias transcorridos, fazer uma avaliação criteriosa — afirmou o ministro.

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Haddad acrescentou que o governo brasileiro está acompanhando os desdobramentos com atenção e que o presidente Lula tem orientado a equipe econômica a agir com cautela.
— O presidente está pregando que deve haver muita prudência no momento. Temos que aguardar o posicionamento final para saber como proceder — disse.

Apesar das incertezas, o ministro reforçou que o Brasil mantém canais de diálogo abertos com os Estados Unidos e destacou o histórico de cooperação entre os dois países. Ele também ressaltou que o Brasil vem ampliando sua presença no comércio internacional de forma estratégica e equilibrada.

— O Brasil está aumentando o comércio exterior com todos os três grandes blocos. Isso vale também não só para commodities, mas para outros bens e serviços.

Postura Diplomática e Multilateralismo

Ao comentar a postura diplomática do país, o ministro reiterou o compromisso do governo com uma atuação multilateral e independente.

— Os nossos canais estão abertos e sempre deixamos claro para o governo dos EUA que, pela sua dimensão, o Brasil não pode ceder à vontade de algum bloco. Sempre temos que investir no multilateralismo — disse.

A fala do ministro ocorre em meio a especulações sobre uma possível escalada da guerra comercial entre Estados Unidos e China, que poderia afetar países exportadores como o Brasil. Apesar das incertezas, Haddad sinalizou que o governo está monitorando os desdobramentos e avaliando eventuais respostas, mas descartou, por ora, qualquer ação imediata.

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