Ex-presidente da Câmara dos Deputados é relator da proposta do governo em comissão que avalia mudanças
Agência de notícias Publicado em 28 de maio de 2025 às 15h55. Última atualização em 28 de maio de 2025 às 16h19.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad , deve se reunir nesta quarta com o deputado federal Arthur Lira, relator da comissão que analisa mudanças no Imposto de Renda (IR), para discutir sobre o projeto do governo que prevê isenção para quem recebe até R$ 5 mil.
O encontro entre Haddad e o ex-presidente da Câmara dos Deputados está previsto para as 14h30, no Ministério da Fazenda.
Relator da proposta do governo que prevê isenção do IR para quem recebe até R$ 5 mil, Lira cobrou que o Ministério da Fazenda forneça mais dados sobre o projeto.
Em audiência na Câmara dos Deputados que discute o projeto de isenção de IR, nesta terça-feira, Lira afirmou que é necessário fazer o cruzamento da tributação de pessoas físicas com a jurídica, para identificar se os cálculos de compensação do projeto estão corretos e se a redução aplicada na taxação global da pessoa física está correta.
— Há uma informação necessária que é o cruzamento da tributação de pessoas físicas com a jurídica, que só quem tem é a Receita. Precisamos desse dado claro para fazer uma conta mais perto da realidade possível, para chegarmos na conta da compensação — disse a jornalistas ao final da comissão que recebeu o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas.
O projeto que isenta de IR para quem ganha até R$ 5 mil por mês foi apresentado pelo governo no início do ano. A medida, porém, precisa ar pelo Congresso Nacional e só entra em vigor em 2026.
A isenção até R$ 5 mil acaba beneficiando indiretamente faixas de renda um pouco acima disso, até cerca de R$ 7 mil, com alívio para 10 milhões de contribuintes.
Hoje, a faixa de isenção vai até 2.259,20. Mas há um desconto automático de R$ 564,80, de modo a garantir que fique isento quem ganha até R$ 2.824 (valor que era equivalente a dois salários mínimos no ano ado). Acima desse valor, há quatro faixas de tributação, que vão de 7,5% a 27,5%