Economia

É 'irrefutável' que vamos precisar de várias reformas da previdência ao longo do tempo, diz Ceron

Segundo o secretário, o aumento da expectativa de vida e o envelhecimento da população são fatores que tornam necessária a revisão contínua das regras previdenciárias

Publicado em 24 de fevereiro de 2025 às 17h39.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2025 às 17h43.

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O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou nesta segunda-feira, 24, que é "irrefutável" que o Brasil precisará ar por diversas reformas da Previdência ao longo do tempo.

"Qualquer profissional sério que lide com finanças públicas no Brasil vai dizer que, em algum momento, teremos que ar por várias reformas da Previdência ao longo do tempo. Isso é irrefutável", disse Ceron em entrevista ao programa Macro em Pauta, da EXAME.

Segundo o secretário, o aumento da expectativa de vida e o envelhecimento da população são fatores que tornam necessária a revisão contínua das regras previdenciárias. Com menos pessoas contribuindo e uma parcela maior recebendo aposentadoria, o sistema precisará de ajustes para se manter sustentável.

"Esses dois fatores – expectativa de vida e a questão demográfica – geram uma pressão, e as condições precisam ser atualizadas de tempos em tempos. O país deveria tratar esse tema com naturalidade e seriedade", afirmou.

Ceron afirmou ainda que o crescimento do gasto previdenciário é um fator de atenção, em vista das mudanças no perfil da população.

"A dinâmica previdenciária no Brasil é um problema de década, ela vem ampliando a sua participação no orçamento. Isso é assim no mundo todo: a pressão previdenciária, em função da questão demográfica, é uma pressão constante", disse.

Para o secretário, não existe solução fácil, e as medidas devem ser discutidas conforme a capacidade de e da sociedade. Ele destacou que as reformas são essenciais para garantir investimentos e uma carga tributária equilibrada, permitindo o desenvolvimento econômico.

"Ninguém quer perder benefícios, isso é natural e não há nada de errado nisso. Mas, para que uma sociedade avance, amplie investimentos, desenvolva infraestrutura e sustente suas políticas públicas, é preciso equilibrar as contas ao longo do tempo. É inevitável que, no futuro, novas reformas sejam necessárias", disse.

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