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Amazon: empresa teve alta de 182% na emissão de carbono entre 2020 e 2023. (picture alliance/Getty Images)
Freelancer
Publicado em 6 de junho de 2025 às 13h50.
As emissões indiretas de carbono de operações da Amazon, Microsoft, Alphabet e Meta cresceram, em média, 150% entre 2020 e 2023, impulsionadas pela alta demanda energética dos data centers, que sustentam os sistemas de inteligência artificial.
Os dados foram divulgados em um relatório da União Internacional de Telecomunicações (UIT), agência da ONU para tecnologias digitais, divulgado nesta quinta-feira (5) e apurado pela Reuters.
As chamadas emissões indiretas envolvem o uso de eletricidade, vapor, aquecimento e resfriamento comprados por uma empresa. O levantamento mostra como o avanço da IA tem pressionado a infraestrutura energética no mundo todo, resultando em um crescimento acelerado no consumo de energia.
Entre as quatro gigantes de tecnologia analisadas, a Amazon lidera o aumento das emissões operacionais de carbono, com alta de 182% no período. A Microsoft aparece em segundo, com 155%, seguida por Meta (145%) e Alphabet (138%).
Para chegar a esses resultados, a UIT monitorou as emissões de gases de efeito estufa de 200 empresas digitais líderes entre 2020 e 2023.
Segundo a agência, os sistemas mais intensivos em carbono podem gerar até 102,6 milhões de toneladas de CO₂ equivalente por ano, conforme os investimentos no setor aumentam.
O documento afirma ainda que o consumo de energia dos data centers tem crescido quatro vezes mais rápido do que o consumo elétrico global, numa consequência direta da expansão acelerada da inteligência artificial.
Apesar de muitas empresas digitais já terem anunciado mudanças pensando no clima, a UIT aponta que essas promessas ainda não se converteram em reduções reais de emissões.
Por meio de seu relatório de sustentabilidad, a Meta, dona do Facebook e WhatsApp e única a se manifestar, informou à Reuters que vem adotando medidas para reduzir tanto emissões como consumo de energia e água em seus centros de dados.