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Censo de diversidade nas empresas: saiba o que é e por que a B3 considera importante

Guia criado pela B3 orienta empresas no desenvolvimento de censos internos; segundo Manuela Alves, superintendente da bolsa brasileira, dados ajudam a mensurar as mudanças

Manuela Alves, superintendente da B3: "Desafio é ver a diversidade não como um fim, mas um meio para a evolução das empresas" (Wanezza Soares/Divulgação)

Manuela Alves, superintendente da B3: "Desafio é ver a diversidade não como um fim, mas um meio para a evolução das empresas" (Wanezza Soares/Divulgação)

Letícia Ozório
Letícia Ozório

Repórter de ESG

Publicado em 26 de março de 2024 às 07h00.

A B3, bolsa de valores brasileira, criou um guia para empresas que orienta o desenvolvimento de censos de diversidade. A iniciativa “Mapeando a Diversidade nas Empresas - Desafios e Potencialidade do Censo Corporativo de Diversidade” é uma parceria com o Instituto Locomotiva, de gestão de pesquisas e dados, e a iO Diversidade, consultoria corporativa.

O objetivo é ajudar na formação de dados sobre a representatividade dentro das companhias. Além de direcionar as ações necessárias internamente, os dados de diversidade são uma obrigatoriedade para as empresas de capital aberto: desde 2021, uma resolução da Comissão de Valores Imobiliários exige transparência sobre dados de ESG entre as companhias listadas na bolsa.

Na prática, o censo orientado pela B3 se baseia na autoidentificação dos colaboradores em temas como identidade de gênero, raça, orientação sexual, idade e deficiências. O guia ainda orienta o desenvolvimento de questões sobre a prática da inclusão na companhia, como a percepção dos colaboradores sobre o acolhimento de grupos diversos e se já vivenciaram situações de discriminação.

De acordo com Manuela Alves, superintendente de Desenvolvimento Organizacional, Cultura e Diversidade da B3, a empresa realizou o primeiro censo interno em 2018. “Serviu para direcionar nossa estratégia e deu um panorama de como a diversidade e inclusão estavam na B3. Conforme evoluímos com a representatividade, entendemos o papel de mostrar as boas práticas para o mercado”, conta.

Melhores práticas

Este não é o primeiro guia de diversidade, equidade e inclusão (DEI) formulado pela B3, que lançou também no ano ado um guia com as melhores práticas para empresas. Segundo Alves, a bolsa brasileira já era consultada por outras companhias que buscavam implementar estratégias de diversidade, o que motivou a criação de materiais para o restante do mercado.

Os guias, no entanto, não são exclusivos para empresas listadas na bolsa: Manuela afirma que são destinados para todas as empresas, independentemente dos seus níveis de maturidade na prática de diversidade. A produção foi pensada de forma ampla, incluindo qualquer empresa que busque criar sua jornada em DEI.

Ainda de acordo com a superintendente, os censos de diversidade ajudam as empresas a terem uma fotografia real da DEI de uma empresa em um dado momento, métrica que ajuda as corporações a agirem. “Os dados ajudam a mensurar as mudanças. O desafio é ver a diversidade não como um fim, mas como um meio para a evolução, inovação, aumento de receita e melhora nos resultados”, afirma.

Para o futuro, Alves adianta que a empresa pretende criar mais guias, com atenção para os desafios de diversidade enfrentados pelo mercado. O guia de criação de censos corporativos, assim como o de melhores práticas de DEI, está disponível gratuitamente no site da B3.

Acompanhe tudo sobre:B3Diversidadecultura-de-empresas

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