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Em meio à onda de calor, energia eólica e solar dão fôlego ao sistema elétrico do Brasil

Em crescimento no país, fontes renováveis contribuem para reduzir a dependência de hidrelétricas em tempos de queda no volume de chuvas e evitam o uso de combustíveis fósseis

Complemento: a tecnologia fotovoltaica responde por 17,4% da matriz elétrica brasileira (Lucas Landau/Bloomberg via/Getty Images)

Complemento: a tecnologia fotovoltaica responde por 17,4% da matriz elétrica brasileira (Lucas Landau/Bloomberg via/Getty Images)

Paula Pacheco
Paula Pacheco

Jornalista

Publicado em 18 de março de 2024 às 17h43.

A onda mais recente de altas temperaturas no Brasil elevou o consumo por energia elétrica. Na última sexta-feira, 15, segundo o Operador Nacional do Sistema (ONS), foi registrado um novo recorde na demanda de energia do Sistema Interligado Nacional (SIN). Na data, o país chegou a 102.478 MW - 92,5% do total atendido por energia sustentável.

Além do aumento do consumo de energia, o Brasil sente os efeitos da falta de chuvas. Tanto que o ONS avaliou em reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), em 6 de março, ser necessário manter atenção à baixa afluência registrada em um período que seria tipicamente úmido. O Operador citou que a fase mais importante da estação chuvosa - de dezembro a fevereiro - apresentou volumes de chuva abaixo da média histórica no Sudeste/Centro-Oeste. No entanto, o órgão salientou que por ora não há problema com as hidrelétricas.

Com esta combinação de fatores, as alternativas às hidrelétricas, como as fontes solar e eólica, dão um fôlego adicional à geração de energia para aliviar o sistema elétrico nacional, especialmente no horário de maior consumo, por volta das 14h.

Diversificação

Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), a fonte solar fotovoltaica ajuda na diversificação e aumenta a robustez da matriz elétrica brasileira sem a necessidade de recorrer. Além disso, aponta a entidade, a tecnologia é versátil, conta com facilidade na sua implantação e colabora com a eficácia da operação do SIN, particularmente com condições climáticas agravadas como agora.

Hoje, a fonte solar responde por 40 gigawatts (GW) de potência instalada operacional, somando-se as grandes usinas solares e os sistemas de geração própria de energia. A tecnologia responde por 17,4% da matriz elétrica brasileira.

Rodrigo Sauaia, presidente executivo da Absolar, cita que a maior geração solar fotovoltaica, em sistemas solares de pequeno, médio e grande portes, coincide com os horários de altas temperaturas e maior consumo de eletricidade no Brasil.

Com isso, segundo o representante do setor, a fonte solar ajuda a minimizar a pressão sobre o sistema elétrico nacional, o que contribui para diminuir os custos sistêmicos - por exemplo, com o acionamento de termelétricas movidas a fontes fósseis - que seriam absorvidos pelos consumidores.

“A fonte solar fotovoltaica tem sido cada vez mais fundamental no e ao SIN em momentos de elevação das temperaturas, um desafio que pode se tornar ainda mais frequente com o aquecimento global em curso. Além de proteger o bolso do consumidor, a energia solar evita as emissões de gases de efeito estufa (GEE) na geração de eletricidade do País, pois é uma fonte que não emite nenhum gás, líquido ou sólido durante a sua operação”, diz Sauaia.

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