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Figueira das Lágrimas: árvore mais antiga de São Paulo tem mais de 200 anos

A árvore, situada no Sacomã, é considerada o ser vivo mais antigo da cidade e esteve no caminho de Dom Pedro I

Pesquisa revela que árvore estava situada no caminho percorrido por Dom Pedro I em 7 de setembro de 1822

Pesquisa revela que árvore estava situada no caminho percorrido por Dom Pedro I em 7 de setembro de 1822

Letícia Ozório
Letícia Ozório

Repórter de ESG

Publicado em 8 de junho de 2025 às 08h00.

A Figueira das Lágrimas, situada no Sacomã, zona sul de São Paulo, é uma das árvores mais antigas da cidade, com cerca de 200 anos de idade.

Com aproximadamente 10 metros de altura, a árvore é considerada um dos exemplares mais antigos da cidade, resistindo ao longo dos séculos e ainda firme em seu local. Sua importância histórica vai além de seu porte, sendo um símbolo da resistência natural e um ponto de relevância cultural.

A origem do nome "Figueira das Lágrimas" remonta ao século 19, quando o local ao redor da árvore se tornou um ponto simbólico de despedidas. As pessoas que partiam para o litoral ou para outros estados e países se reuniam ali para se despedir, uma prática comum na época.

A emotividade dessas despedidas é que gerou o nome "das Lágrimas". Esse nome foi consolidado ao longo do tempo, e, em 1916, a rua onde a figueira está localizada foi oficialmente batizada de Estrada das Lágrimas, uma referência ao antigo costume de despedidas.

200 anos de história

O valor histórico da Figueira das Lágrimas vai além de sua relação com as despedidas. Uma pesquisa recente, baseada em um mapa do início do século 19, trouxe uma nova informação: a árvore estava situada no caminho percorrido por Dom Pedro I em 7 de setembro de 1822, quando ele ava a caminho do Ipiranga, onde proclamaria a independência do Brasil.

O mapa foi analisado pelo professor Jorge Pimentel Cintra, especialista em cartografia histórica, que confirmou que a árvore já estava no trajeto seguido por Dom Pedro I, embora ele, provavelmente, não tenha notado o local.

Ameaças à árvore

Apesar da figueira ter resistido ao tempo, ela não está imune a desafios. A planta sofre com a competição de uma figueira exótica plantada ao seu lado na década de 1980. Durante a gestão de Jânio Quadros, acreditando que a árvore histórica já estava morta, foi plantada uma Ficus Benjamina (uma espécie asiática) ao lado da Figueira das Lágrimas. Desde então, as duas árvores competem por recursos, o que representa um risco para a preservação da figueira histórica.

Além disso, especialistas em botânica afirmam que a árvore carrega "rugas do tempo", ou seja, cicatrizes que marcam sua longa existência, que afirmam que a Figueira das Lágrimas é um exemplar raro, especialmente por sua idade e resistência. Mesmo com a competição por nutrientes, a árvore continua de pé, mas carrega os sinais do tempo.

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