Cultura digital pode impulsionar investimentos mais arrojados por parte de brasileiros, que lideram em uso de memecoins
Portal de notícias Publicado em 22 de maio de 2025 às 09h30.
Os brasileiros lideram entre os sul-americanos em disposição para assumir riscos no mercado cripto, segundo pesquisa da exchange Bitget. A pesquisa, feita com 2.302 usuários ativos da plataforma entre 7 e 11 de abril, comparou o comportamento de investidores no Brasil, Argentina, México, Colômbia e Chile.
O estudo revela que 33% dos brasileiros se identificam com um perfil de investidor mais arrojado, enquanto 27,8% alocam mais da metade de seus portfólios em criptoativos. Nos demais países analisados, apenas 12,8% têm perfil arrojado e 25,1% dedicam mais de 50% da carteira às criptomoedas.
Para Guilherme Prado, Country Manager da Bitget no Brasil, o resultado reflete a alta digitalização bancária e o crescente interesse dos brasileiros pelo setor de criptoativos.
“O Brasil possui hoje uma das culturas de investimento mais maduras da América Latina, com maior o à informação, diversificação de produtos e educação financeira.”
Prado também associa esse perfil mais ousado à crescente familiaridade da população com o setor:
“É um reflexo tanto da alta bancarização digital do país quanto da familiaridade crescente com o universo cripto.”
Outro dado da pesquisa que destaca o Brasil é o perfil etário dos investidores cripto: 55,6% têm mais de 45 anos, acima da média latino-americana de 43,9%, segundo a Bitget.
“Essa faixa etária tende a reunir maior patrimônio acumulado e conhecimento prévio sobre o funcionamento dos mercados, o que permite uma abordagem mais estratégica e diversificada”, argumenta Prado.
A pesquisa também apontou que 44,4% dos investidores brasileiros adotam uma estratégia combinada entre curto e longo prazo (trading e holding), superando a média regional de 39,6%. Em termos de ativos preferidos, o Brasil é o único país entre os pesquisados onde as memecoins representam 11,1% das escolhas. A Solana também aparece com destaque entre os brasileiros, com 16,7% de preferência, mais do que o dobro da média dos países desenvolvidos (7%).
Em relação às fontes de informação, 33% dos investidores brasileiros recorrem às redes sociais, enquanto 22% preferem a mídia especializada.
“As redes sociais vêm se consolidando como um importante canal de informação para investidores, especialmente por sua agilidade, volume de conteúdo e capacidade de oferecer análises em tempo real”, conclui Prado.
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