Inteligência Artificial

Inteligência artificial já está presente em 21% das healthtechs no Brasil

Tecnologia é usada para análise de imagens, personalização de tratamentos e monitoramento de pacientes

Ramana Rech
Ramana Rech

Redatora

Publicado em 15 de março de 2025 às 14h42.

A inteligência artificial está entre as três primeiras tecnologias mais usadas pelas healthtechs. Um levantamento da consultech Liga Insights mostra que 130 das healthtechs, startups de base tecnológica que atuam na área da saúde, dizem utilizar IA em suas soluções, o que representa 21% delas.

Entre as principais aplicações para IA estão análise e processamento de imagens; personalização de tratamentos; pesquisa e desenvolvimento de medicamentos e terapias; monitoramento de pacientes; previsão de rastreabilidade de surtos e doenças; e hiper personalização da jornada do paciente.

Os resultados fazem parte do mapeamento Startup Landscape: Ecossistema 2024. Em janeiro de 2025, havia 602 healthtechs ativas e monitoradas pela Liga Insights. 48% delas se encaixam na categoria gestão de processos, 41% na de planos e financiamento e 41% em bem-estar físico e mental. A maior parte das healthtech monitoradas estão localizadas no estado de São Paulo (49%), seguido por Minas Gerais (9%), Rio de Janeiro (8%) e Rio Grande do Sul (8%).

Entre as tecnologias mais aplicadas estão data analytics (24%), telemedicina (22%), IA (21%), banco de dados (18%) e API (17%). Na maioria dos casos (48%), as startups têm como público alvo outras empresas.

O levantamento indica que houve 40 deals fechados com healthtechs em 2024, o que totalizou um montante investido de R$ 799 milhões. No ano de pico de investimento, em 2021, o valor ficou em R$ 3,5 bilhões por 28 deals.

A categoria que mais captou investimentos no ano ado foi a de bem-estar físico e mental, que acumulou 17% dos investimentos, seguida por gestão de processos com 14%. Em seguida, vem prontuário, prescrição e triagem, que somou 12% do investimento total.

De acordo com a Liga Insight, o mapeamento foi realizado a partir de diversas fontes, como dados e eventos próprios da consultoria, bem como de estudos públicos, monitoramento da imprensa, recomendações de parceiros externos, bases abertas, indicações e buscas ativas de startups.

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