J.D. Vance, vice-presidente dos Estados Unidos (Angela Weiss/AFP)
Agência de Notícias
Publicado em 11 de fevereiro de 2025 às 10h45.
Última atualização em 11 de fevereiro de 2025 às 10h46.
O vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, afirmou nesta terça-feira, 11, que o governo de Donald Trump quer "manter a vantagem do país" no setor de inteligência artificial (IA) e evitar "uma regulamentação excessiva".
Falando no encerramento da cúpula de Paris sobre IA, Vance enfatizou que "os Estados Unidos são líderes em inteligência artificial e queremos que continue assim", para o que anunciou um programa público-privado com investimentos de até US$ 500 bilhões.
Por outro lado, advertiu que uma "regulamentação excessiva" do setor "poderia matar uma indústria em plena eclosão" e disse que os EUA optarão por políticas “a favor do crescimento" no âmbito da IA.
O vice-presidente americano ressaltou que o objetivo de seu governo de manter a liderança tecnológica neste setor não exclui a cooperação com outros países.
No entanto, deixou claro que tal colaboração seria baseada nas normas técnicas dos EUA como "o padrão mundial", na rejeição de regulamentações excessivas e na proteção dos empregos dos trabalhadores de seu país.
Vance salientou repetidamente que uma regulamentação excessiva — citando o Regulamento de Serviços Digitais da União Europeia como exemplo — pode acabar sendo uma espécie de censura "para controlar os pensamentos dos usuários".
Nesse sentido, declarou que seu governo é a favor de "proteger um menor de um predador digital", mas não de "impedir que um homem ou mulher adulto e conteúdo que seu governo considere desinformação".
"O governo Trump acredita que a IA terá implicações revolucionárias", mas diante de tais avanços "nossas respostas tendem a ser excessivamente cautelosas e avessas ao risco", considerou.
JD Vance também fez um alerta contra a colaboração em inteligência artificial com o que chamou de "regimes autoritários", uma aparente alusão à China.
Segundo o vice-presidente dos EUA, cooperar com esses regimes significa "acorrentar-se a um mestre autoritário" cujo objetivo é "assumir o controle de sua infraestrutura tecnológica".