Espinosa assumirá os cargos de presidente, diretor-executivo e CEO em 1º de abril
Redação Exame Publicado em 11 de março de 2025 às 13h42. Última atualização em 11 de março de 2025 às 14h03.
Espinosa assumirá os cargos de presidente, diretor-executivo e CEO em 1º de abril. Em sua primeira declaração pública, afirmou que quer continuar o trabalho de Uchida para "ajudar a Nissan a brilhar novamente".
"Eu realmente acredito que a Nissan tem muito mais potencial do que vemos hoje", disse o executivo, destacando que trabalhará "em estreita colaboração com nossa talentosa equipe global para restaurar a estabilidade e o crescimento da empresa".
A Nissan justificou a troca na liderança como parte de uma estratégia para atingir as metas de curto e médio prazo, além de preparar a empresa para um crescimento sustentável no longo prazo.
Espinosa ingressou na Nissan em 2003, no México, e ou por cargos no Sudeste Asiático antes de se tornar diretor para o México e América Latina em 2010.
Makoto Uchida, ao anunciar sua saída, reconheceu que "não conseguiu ganhar a confiança de alguns funcionários" e que o conselho de istração indicou a necessidade de um novo começo para a montadora.
Ele elogiou Espinosa, chamando-o de "um verdadeiro homem dos carros, que ainda está na casa dos 40 anos e cheio de energia".
"Conto com ele para superar as dificuldades e liderar a Nissan com força rumo ao futuro", afirmou Uchida.
A Nissan registrou uma queda de93% no lucro líquidodo primeiro semestre e prevê um prejuízo anual superior aUS$ 500 milhões(R$ 2,8 bilhões). A montadora anunciou, no ano ado, a redução de milhares de empregos como resposta à crise.
Em fevereiro, Nissan e Honda encerraram as negociações de fusão que teriam criado a terceira maior montadora do mundo em volume de vendas, atrás de Toyota e Volkswagen. O acordo era visto como uma estratégia para competir com a Tesla e as empresas chinesas no mercado de veículos elétricos.
O ime teria ocorrido quando a Honda propôs tornar a Nissan uma subsidiária, em vez de integrá-la a uma nova holding, como previa o plano inicial.
Apesar do fracasso, a revista Nikkei Business informou que a Nissan, sob nova liderança, pode reconsiderar um investimento na Honda, mas "não para se tornar uma subsidiária". O presidente da Honda, Toshihiro Mibe, afirmou que as empresas seguirão buscando "sinergia" por meio de uma parceria estratégica com a Mitsubishi Motors, sócia minoritária da Nissan.
*com informações da AFP