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Campanha do Governo de SP que combate violência contra a mulher é finalista em Cannes

Movimento SP por Todas concorre na categoria Glass do festival com projeto que une soluções digitais e ações presenciais para proteção e autonomia das mulheres

Iniciativa do Governo de São Paulo, o movimento SP por Todas reúne ações de segurança, saúde e autonomia para mulheres em situação de vulnerabilidade. (Divulgação)

Iniciativa do Governo de São Paulo, o movimento SP por Todas reúne ações de segurança, saúde e autonomia para mulheres em situação de vulnerabilidade. (Divulgação)

Juliana Pio
Juliana Pio

Editora-assistente de Marketing e Projetos Especiais

Publicado em 6 de junho de 2025 às 13h28.

Última atualização em 6 de junho de 2025 às 13h28.

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O movimento SP por Todas, criado pelo Governo de São Paulo em 2024 para dar visibilidade às políticas públicas de proteção e autonomia das mulheres, foi selecionado para o shortlist do Festival Internacional de Criatividade Cannes Lions 2025. O case concorre na categoria Glass: The Lion for Change (O Leão para a Mudança), dedicada a projetos que promovem transformação social e enfrentam desigualdades.

Inscrito sob o nome “Her Dome” (“redoma dela”, na tradução), o projeto foi desenvolvido em parceria com a agência DPZ. A iniciativa reúne soluções digitais e presenciais para a proteção e o acolhimento de mulheres em situação de violência. Um dos principais símbolos da campanha é uma bandeira criada pela DPZ e hasteada pelo governo como representação da rede de apoio e da ideia de uma “redoma invisível” de proteção.

“Usar a criatividade para produzir ideias que gerem impacto social e deem visibilidade para políticas públicas transformadoras é o propósito da comunicação pública", afirma Lais Vita, secretária de Comunicação do Estado de São Paulo. "Essa bandeira foi criada pela Secom e DPZ e hasteada pelo Governo SP para que cada mulher saiba que há uma rede de apoio disponível, uma redoma de proteção", complementa.

O Her Dome reúne as principais soluções de segurança criadas pelo Governo de São Paulo no combate à violência contra a mulher. A estrutura inclui o aplicativo SP Mulher Segura, o monitoramento de agressores com tornozeleiras eletrônicas e a atuação contínua da Cabine Lilás do Copom (Centro de Operações da Polícia Militar).

O sistema funciona como uma rede de proteção. Quando a mulher com medida protetiva aciona o app, a polícia é alertada e uma viatura é enviada imediatamente. O aplicativo também oferece boletim de ocorrência unificado entre as polícias Militar e Civil.

Desde o lançamento, o SP Mulher Segura ultraou 14 mil s. Até 4 de junho, foram mais de 1.000 boletins registrados e mais de 1.500 acionamentos do botão de pânico. O uso de tornozeleiras eletrônicas cresceu 50% com a aquisição de mil novos dispositivos. No período, 48 agressores foram presos por violar as regras de monitoramento.

Ter essa ideia contemplada no shortlist do festival de Cannes é um resultado que nos deixa extremamente orgulhosos e motiva muito a seguir investindo na criatividade para produzir resultados que façam a diferença na vida das pessoas", diz a secretária de Comunicação de SP.

O movimento reúne e dá visibilidade às políticas estruturadas em três pilares: segurança, saúde e empreendedorismo. A proposta é facilitar o o das mulheres a serviços públicos e informações, com linguagem ível e unificada. Estão incluídas no movimento medidas como o a unidades de saúde, linhas de crédito específicas para mulheres e orientações sobre como denunciar agressores.

App SP Mulher Segura

O aplicativo SP Mulher Segura cruza dados de geolocalização das vítimas e dos agressores, monitorados por tornozeleiras eletrônicas, e emite alertas em tempo real para a polícia em caso de violação da distância determinada pela medida protetiva. Antes da criação do app, as tornozeleiras eram usadas apenas por pessoas em cumprimento de pena, sem aplicação específica em casos de violência doméstica.

Disponível para Android e iOS, o app permite o acionamento automático da polícia em situações de risco e conecta a vítima a uma rede de apoio com assistência jurídica, social e de saúde.

Desde o lançamento, o número de denúncias de violação de medidas protetivas cresceu 17,7%. Os registros dessas ocorrências aumentaram 41,7%. Entre março de 2024 e maio de 2025, o sistema contabilizou 4.657 alertas de aproximação, 994 denúncias e mais de 1.500 acionamentos do botão do pânico.

Segundo dados do governo, os números acompanham a redução dos casos de feminicídio no estado. De janeiro a abril de 2025, foram registrados 55 casos, queda de 10% em relação ao mesmo período de 2024. As tentativas também caíram: 111 registros até abril, frente a 122 no mesmo intervalo do ano anterior, redução de 9%.

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SP por Todas: do lançamento aos resultados

O movimento SP por Todas foi lançado em 28 de março de 2024, no fim do mês da mulher, como forma de reforçar o compromisso permanente do governo com a pauta feminina. A estreia contou com ações de grande visibilidade: hasteamento oficial da bandeira do movimento e projeções em mais de 30 pontos da capital paulista, como o Palácio dos Bandeirantes, a Sala São Paulo, estádios de futebol e prédios públicos.

Além disso, campanhas publicitárias, conteúdos especiais e ações com formadores de opinião mantiveram a bandeira presente ao longo do ano, consolidando a identidade do movimento. A iniciativa marca a integração das políticas voltadas às mulheres estruturadas desde 2023, com impactos registrados até o momento:

  • Queda de 10% nos casos de feminicídio entre janeiro e abril de 2025, em comparação ao mesmo período de 2024;
  • A Cabine Lilás, no COPOM, realizou 6,8 mil atendimentos especializados. A orientação das policiais resultou em aumento de 41% nas medidas protetivas;
  • Monitoramento com tornozeleiras eletrônicas cresceu 50%, com a aquisição de mil novos equipamentos; 48 agressores foram presos por descumprimento das medidas;
  • Maior expansão da rede de Delegacias da Mulher da história do estado, com aumento de 61% e 100 salas DDM 24h inauguradas;
  • Implantação de 19 Casas da Mulher Paulista, com serviços integrados;
  • Auxílio-aluguel de R$ 500 mensais para vítimas de violência, já pago a 1,1 mil mulheres;
  • Abrigo Amigo, que oferece companhia virtual noturna em pontos de ônibus da capital, com mais de 2 mil atendimentos;
  • Protocolo Não se Cale, que virou lei em agosto de 2023, estabelece atendimento padronizado a vítimas de assédio em bares e casas noturnas. Mais de 46 mil pessoas já fizeram o curso e 2,1 mil estabelecimentos foram orientados;
  • Fomento ao empreendedorismo feminino, com mais de R$ 360,4 milhões liberados em crédito por meio do Banco do Povo, Desenvolve SP e Feap Mulher Agro;
  • Mais de 7 milhões de exames preventivos realizados para rastreamento de câncer de mama e colo do útero.
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