Hamas e Israel se acusam mutuamente de não aceitarem a proposta de cessar-fogo dos EUA
Agência de Notícias Publicado em 12 de setembro de 2024 às 08h39. Última atualização em 12 de setembro de 2024 às 08h41.
Funcionários de alto escalão de Egito e Catar, os principais mediadores entre Hamas e Israel, tiveram na quarta-feira, 11, em Doha, capital do Catar, uma reunião com representantes do grupo islâmico palestino que é “um sinal de esperança” para uma trégua na guerra naFaixa de Gaza, declarou uma fonte egípcia de “alto escalão”.
“As conversas foram caracterizadas pela seriedade e constituem um sinal de esperança para o fim da crise”, declarou a fonte, não identificada, a Al QaheraNews, veículo de imprensa ligado aos serviços de inteligência do Egito.
A fonte afirmou que as conversas, que foram realizadas na capital do Catar e “concluídas” nesta quarta-feira, contaram com a presença do primeiro-ministro do Catar, Mohamed bin Abdulrahman; do chefe de inteligência do Egito, Abbas Kamel; e de “uma delegação do Hamas” liderada pelo número dois do grupo, Khalil Al Haya.
A fonte não divulgou mais detalhes sobre o conteúdo da reunião ou se o grupo palestino desistiu de alguma de suas exigências para chegar a um entendimento sobre uma trégua que permitiria uma troca de reféns por prisioneiros.
O encontro é o primeiro anunciado em relação às negociações desde o final de agosto, quando equipes de mediação de Egito, Catar e Estados Unidos realizaram uma série de reuniões no Cairo e em Doha para “pressionar” Israel e Hamas a preencherem as lacunas existentes, disseram à Agência EFE fontes próximas às negociações na época.
Hamas e Israel se acusam mutuamente de não aceitarem a proposta de cessar-fogo anunciada em maio pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
O grupo palestino reiterou que aceita a oferta, mas insiste que um acordo de trégua deve incluir a retirada israelense de Gaza, especialmente do corredor Filadélfia, na fronteira entre o território palestino e o Egito, onde está localizada a agem terrestre de Rafah.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, insiste em manter tropas do país no corredor Filadélfia, que ele considera essencial para a segurança nacional.
O local está ocupado por tropas israelenses desde maio, quando elas invadiram a cidade de Rafah e capturaram o lado de Gaza da agem de fronteira com o Egito, país que também rejeita categoricamente a presença israelense na região.
2 /26Veículos do exército egípcio são mobilizados ao longo da fronteira com a Faixa de Gaza em 4 de julho de 2024 em el-Arish, no norte da Península do Sinai, em meio a batalhas contínuas entre o Hamas e Israel no território palestino sitiado. (Foto da AFP)(Veículos do exército egípcio são mobilizados ao longo da fronteira com a Faixa de Gaza em 4 de julho de 2024 em el-Arish, no norte da Península do Sinai, em meio a batalhas contínuas entre o Hamas e Israel no território palestino sitiado. (Foto da AFP))
3 /26Parentes e apoiadores de israelenses mantidos reféns por militantes palestinos em Gaza desde os ataques de outubro acendem sinalizadores enquanto manifestam pela libertação dos reféns na cidade central de Tel Aviv em 29 de junho de 2024, em meio ao conflito contínuo na Faixa de Gaza entre Israel e o grupo militante palestino Hamas. (Foto de JACK GUEZ / AFP)(Parentes e apoiadores de israelenses mantidos reféns por militantes palestinos em Gaza desde os ataques de outubro acendem sinalizadores enquanto manifestam pela libertação dos reféns na cidade central de Tel Aviv em 29 de junho de 2024, em meio ao conflito contínuo na Faixa de Gaza entre Israel e o grupo militante palestino Hamas. (Foto de JACK GUEZ / AFP))
4 /26Palestinos deslocados deixam uma área no leste de Khan Yunis após o exército israelense emitir uma nova ordem de evacuação para partes da cidade e Rafah, no sul da Faixa de Gaza, em 1º de julho de 2024, em meio ao conflito contínuo entre Israel e o grupo militante palestino Hamas. (Foto de Bashar TALEB / AFP)(Palestinos deslocados deixam uma área no leste de Khan Yunis após o exército israelense emitir uma nova ordem de evacuação para partes da cidade e Rafah, no sul da Faixa de Gaza, em 1º de julho de 2024, em meio ao conflito contínuo entre Israel e o grupo militante palestino Hamas. (Foto de Bashar TALEB / AFP))
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