Ameaça dos rebeldes ocorre em meio aos bombardeios contínuos dos Estados Unidos contra insurgentes iemenitas
SANAA, YEMEN - MARCH 17: Thousands of people gather in Al-Sabeen Square in the Yemeni capital Sana'a, led by the Houthis, to protest against the attacks on the country, on March 17, 2025 in Yemen. Yemenis also reacted to the ongoing attacks on the Gaza Strip by chanting slogans. (Photo by Mohammed Hamoud/Anadolu via Getty Images) (Anadolu/Getty Images)
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 5 de maio de 2025 às 08h22.

Os rebeldes houthis do Iêmen anunciaram nesta segunda-feira, 5, que irão "impor um bloqueio aéreo global" a Israel por meio de ataques contra seus aeroportos, particularmente “o de Lod, chamado de Ben Gurion pelos israelenses", e pediram que as companhias aéreas internacionais cancelem seus voos para esse destino "para preservar a segurança de seus aviões e de seus clientes".

"Aconselhamos todas as companhias aéreas internacionais a levarem em conta este comunicado desde o momento em que for publicado, cancelando todos os voos para os aeroportos do inimigo criminoso para preservar a segurança de seus aviões e de seus clientes", disse o porta-voz militar houthi, Yahya Sarea.

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No comunicado, Sarea destacou que a ação dos houthis é uma resposta à decisão do governo do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu , de expandir "operações hostis" na Faixa de Gaza, bem como aos "ataques do inimigo israelense contra países árabes, como o Líbano".

"Esta nação não temerá o confronto e rechaçará a submissão e a servidão", acrescentou.

A ameaça de Sarea ocorre em meio aos bombardeios contínuos dos Estados Unidos contra insurgentes iemenitas, bem como ao lançamento quase diário de drones e mísseis balísticos houthis contra Israel, um dos quais caiu perto do Aeroporto Ben Gurion no domingo, causando ferimentos leves em várias pessoas.

Mísseis e drones houthis são frequentemente interceptados pelo Exército israelense, e o de segunda-feira foi o primeiro a atingir a área do aeroporto desde que rebeldes iemenitas começaram a atacar Israel e navios israelenses no Mar Vermelho no final de 2023, em retaliação à guerra em Gaza.

Após o ataque houthi, pelo menos seis companhias aéreas internacionais anunciaram que suspenderam voos para Israel por 48 horas, incluindo a companhia aérea de baixo custo Wizz Air, mas também a Lufthansa, a Air e a Air Europa, de acordo com várias declarações das empresas.

O primeiro-ministro israelense culpou o Irã pelo ataque houthi, já que o país é o principal apoiador dos rebeldes iemenitas, e afirmou que Israel atacará "no momento e lugar" que Teerã escolher.

Por outro lado, os rebeldes houthis relataram nesta segunda-feira dezenas de ataques aéreos dos EUA contra diversas províncias e cidades iemenitas, incluindo Sanaa, onde pelo menos 14 pessoas ficaram feridas em graus variados, "todos civis", de acordo com o Ministério da Saúde controlado pelos houthis.

A emissora de televisão “Al Masirah”, porta-voz dos rebeldes iemenitas, informou nesta segunda-feira que mais de 26 "bombardeios americanos" foram realizados na noite de domingo e nas primeiras horas de segunda-feira, e que tinham como alvo "instalações civis", incluindo empresas e lojas.

A emissora mostrou imagens de fachadas de lojas parcialmente destruídas e crateras no asfalto de uma rua no distrito de Shuob, em Sanaa, supostamente devido ao impacto de mísseis dos EUA.

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