Indonésia: grupos muçulmanos conservadores querem torná-lo mais severo em tudo relacionado a comportamentos sexuais (Donal Husni/NurPhoto/Getty Images)
AFP
Publicado em 20 de setembro de 2019 às 11h58.
Última atualização em 20 de setembro de 2019 às 12h01.
O presidente da Indonésia, Joko Widodo, pediu nesta sexta-feira (20) a revisão de um projeto de lei polêmico que prevê sentenças de prisão para quem faz sexo sem se casar, ou com pessoas do mesmo sexo.
A lei seria votada na próxima semana, junto com outras revisões do Código Penal, mas o presidente pediu seu adiamento.
"Tendo ouvido vários grupos que se opunham a vários aspectos da lei, decidi que é necessário deliberar mais e discutir alguns pontos", justificou o presidente, eleito recentemente para um segundo mandato.
A reforma do Código Penal prevê a proibição de relações sexuais antes do casamento, bem como de relacionamentos adúlteros, ou entre pessoas do mesmo sexo.
As sentenças de prisão podem variar de seis meses a um ano e acrescentam multas.
Oferecer, ou apresentar, tratamentos contraceptivos a menores também seria crime, de acordo com esta reforma do Código Penal, que remonta à era colonial holandesa.
Grupos muçulmanos conservadores querem torná-lo mais severo em tudo relacionado a comportamentos sexuais, o que gerou críticas de grupos defensores dos direitos humanos.
Uma petição contra esse projeto de lei já reuniu mais de meio milhão de s neste país de 260 milhões de habitantes.