CEO publicou a X, minutos depois de uma sequência de atritos entre o magnata e o presidente dos Estados Unidos
Redação Exame Publicado em 5 de junho de 2025 às 18h00. Última atualização em 5 de junho de 2025 às 18h09.
A troca de acusações entre Donald Trump e Elon Musk está ficando mais acirrada. O presidente da Tesla afirmou nesta quinta-feira, 5, que Trump está incluído nos arquivos de Jeffrey Epstein — acusado de comandar uma rede de tráfico sexual, cuja 'lista' supostamente teria nomes dos cúmplices e clientes associados.
"É hora de soltar a grande bomba: Trump está nos arquivos de Epstein. Essa é a verdadeira razão pela qual eles não foram divulgados", publicou Musk na rede social X, da qual é proprietário.
O empresário, até então um aliado de Trump, pediu a seus seguidores que gravem a mensagem, assegurando que "a verdade virá à tona". A publicação ocorreu pouco depois de Trump ameaçar cancelar todos os contratos públicos com empresas ligadas a Musk, em meio a uma crescente troca de críticas entre os dois que fez com que as ações da Tesla caíssem até 16% nesta quinta-feira.
Jeffrey Epstein, um bilionário que mantinha laços estreitos com figuras influentes da política e das finanças dos EUA, cometeu suicídio em agosto de 2019 em uma prisão de Nova York, semanas após ser preso por acusações de tráfico sexual.
Esta morte, que o impediu de ser julgado, alimentou pedidos para que o Departamento de Justiça tornasse pública a lista de supostos cúmplices e clientes — a qual Musk afirma que Trump está presente —, bem como os registros de voo de seu avião particular para sua ilha nas Ilhas Virgens, onde supostamente ocorreram vários abusos.
A principal colaboradora de Epstein era a herdeira britânica Ghislaine Maxwell, atualmente condenada a 20 anos de prisão por facilitar o o de meninas menores de idade para que Epstein abusasse sexualmente delas durante uma década.
O bilionário era ligado a figuras públicas proeminentes, incluindo o ex-presidente Bill Clinton e o príncipe Andrew do Reino Unido, que em 2022 chegou a um acordo de US$ 1 milhão com uma das vítimas que o acusou de abuso sexual quando ela era menor de idade.
Na semana ada, Musk deixou o cargo de chefe do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), encarregado de liderar os cortes de gastos públicos do governo Trump , por discordar do plano fiscal do republicano.
Embora ambos tenham encenado uma saída amigável em um evento perante a imprensa na última sexta-feira na Casa Branca, Musk aumentou as críticas contra Trump e o republicano se disse nesta quinta-feira "muito decepcionado" com a atitude.
Mais cedo nesta quinta-feira, Trump fez uma série de publicações nas redes sociais desafiando o presidente da Tesla. Disse Musk era maluco, e que 'o melhor jeito de economizar bilhões é cortar os subsídios e contratos de Elon Musk com o governo. Sempre fiquei surpreso que Biden não fez isso antes '.
Em resposta, bilionário publicou dezena de tweets no X com ameaças a Trump. Chegou a mencionar, inclusive, que o atual presidente teria perdido as eleições se não fosse a ajuda dele. "Sem mim, Trump teria perdido as eleições, democratas teriam tomado controle da Casa Branca e os republicanos seriam 51-49 no Senado".
O CEO da Tesla acrescentou, ainda, que diante da proposta dse contenção de gastos de Trump, a Space X começaria o descomissionamento imediato da espaçonave Dragon — importante aliada da Nasa nas futuras missões tripuladas à Lua.