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Por que apenas sete mulheres podem vestir branco diante do Papa

Exceção protocolar permite que poucas mulheres de monarquias católicas usem branco em audiências oficiais com o Papa

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 20 de maio de 2025 às 12h52.

O motivo pelo qual apenas sete mulheres podem vestir branco diante do Papa está ligado a uma tradição protocolar muito antiga do Vaticano chamada privilège du blanc (privilégio do branco).

Esse privilégio é uma exceção ao código rígido de vestimenta que exige que as mulheres usem preto em audiências e cerimônias oficiais com o Papa, simbolizando respeito, sobriedade e recato.

O protocolo tradicional e a exceção do privilège du blanc

Normalmente, as mulheres devem usar um vestido preto que cubra colo e joelhos, combinado com uma mantilha preta sobre os cabelos, conforme o protocolo tradicional do Vaticano.

No entanto, o privilège du blanc permite que algumas rainhas e princesas católicas de casas reais com uma longa e significativa ligação histórica com a Igreja Católica usem vestido e mantilha brancos nessas ocasiões, simbolizando pureza, respeito e uma relação especial entre suas casas reais e a Santa Sé.

Quem tem direito ao privilégio e suas regras

Atualmente, apenas seis ou sete mulheres no mundo detêm esse privilégio, todas pertencentes a monarquias católicas reconhecidas pelo Vaticano.

São exemplos as rainha Letizia e a rainha emérita Sofia da Espanha, a rainha Paola e a rainha Mathilde da Bélgica, a princesa Charlene de Mônaco e a grã-duquesa Maria Teresa de Luxemburgo.

O privilégio não é um direito individual, mas está vinculado à condição da casa real como um todo, ou seja, à tradição e à fé católica da monarquia que representam. Por exemplo, a rainha Máxima dos Países Baixos, apesar de católica, não pode usar branco porque a Casa de Orange é protestante.

O uso do branco é um gesto de distinção e honra concedido pelo Vaticano, que reforça a histórica relação entre monarquias católicas e a Igreja.

O uso do branco nessas ocasiões vai além da simples escolha de cor: é um gesto de distinção e honra concedido pelo Vaticano, que reforça a histórica e estreita relação entre certas monarquias católicas e a Igreja.

Em cerimônias formais, o branco representa pureza, paz, deferência e poder, enquanto o preto permanece como símbolo de respeito e luto para as demais mulheres.

Vale destacar que o privilégio do branco não se aplica em todas as ocasiões. Em eventos de luto, como funerais papais, mesmo as mulheres com esse direito devem vestir preto. Além disso, o privilégio é mantido a critério do Papa e pode ser usado conforme a importância da ocasião.

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