O pré-candidato presidencial colombiano Miguel Uribe, baleado na cabeça durante um ataque no sábado, apresenta "sinais de melhora neurológica", embora ainda permaneça em estado crítico, segundo boletim médico divulgado nesta quarta-feira, 11, pela clínica onde ele está sendo tratado.

Sinais de melhora e estabilização

Este é o primeiro boletim médico que indica uma evolução positiva desde que Uribe, senador opositor de 39 anos, foi hospitalizado após o atentado.

A clínica informou que há sinais de melhora neurológica, além de uma estabilização hemodinâmica, embora ele ainda precise permanecer na UTI.

"Há sinais de melhora neurológica. Há também evidências de uma tendência à estabilização hemodinâmica", informou a clínica. O prognóstico de Uribe continua sendo reservado e seu estado ainda é classificado como de "gravidade máxima".

O ataque e a investigação

Miguel Uribe, membro do partido de direita Centro Democrático e opositor do presidente Gustavo Petro, foi baleado duas vezes na cabeça e uma vez na perna durante um comício realizado em um parque de Bogotá.

O ataque gerou grande comoção no país e o político permanece hospitalizado desde então, lutando pela vida, como afirmou sua esposa, María Claudia Tarazona, na terça-feira.

O autor do ataque, identificado como um adolescente de 15 anos, foi capturado pelos guarda-costas de Uribe após uma breve perseguição.

O jovem foi indiciado pelo Ministério Público colombiano por tentativa de homicídio e se declarou inocente. Um juiz determinou sua transferência para um centro de internação preventiva especial para menores.

Teorias sobre o mandante do ataque

O mandante do ataque ainda não foi identificado, mas o presidente Gustavo Petro sugeriu que uma "máfia internacional" poderia estar por trás do crime.

Petro mencionou a possibilidade de dissidentes da extinta guerrilha das Farc, que não cumpriram o acordo de paz de 2016, estarem envolvidos, além de uma suposta máfia de traficantes de drogas colombianos e estrangeiros, com sede em Dubai.

Petro também afirmou que esse grupo criminoso pode ter interesse em desestabilizar seu governo em retaliação às suas operações de apreensão de cocaína e captura de traficantes.

Além disso, a Colômbia enfrenta a pior crise de segurança em uma década, com ataques violentos em várias regiões.

Crise de segurança no país

Na terça-feira, guerrilheiros mataram cinco civis e dois policiais no sudoeste da Colômbia, em cerca de trinta ataques com armas de fogo e explosivos.

O governo está investigando se esses eventos têm relação com o ataque contra Uribe, enquanto a segurança no país se deteriora cada vez mais.