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Hollywood se rende às mininovelas para celular que fazem sucesso na Ásia

Aplicativos asiáticos de mininovelas para celular ganham o público dos EUA e atraem estúdios como Lionsgate e TelevisaUnivision

ReelShort: a aposta é que o formato conquiste o público jovem e possa, mais adiante, virar produto  para plataformas tradicionais (ReelShort/Reprodução)

ReelShort: a aposta é que o formato conquiste o público jovem e possa, mais adiante, virar produto para plataformas tradicionais (ReelShort/Reprodução)

Publicado em 5 de junho de 2025 às 10h45.

As mininovelas para celular, com episódios curtos, em formato vertical, recheados de melodrama e pensados para o público das redes sociais, estão conquistando Hollywood. O formato, popularizado por apps asiáticos como ReelShort e DramaBox, ganhou tração nos Estados Unidos e despertou o interesse de estúdios como Lionsgate, TelevisaUnivision e Hallmark.

Com títulos como "A vida dupla do meu marido bilionário" e tramas envolvendo príncipes, lobisomens e reviravoltas dignas de novela das nove, os apps faturam mais de US$ 100 milhões por mês, segundo a plataforma de dados Appfigures. Ao todo, já são mais de 200 aplicativos do tipo operando nos EUA.

A principal vantagem? O custo baixo de produção. “Recebo perguntas sobre isso todas as semanas”, afirmou David Freeman, chefe de mídia digital da agência CAA, ao Business Insider. “Os criadores de conteúdo estão de olho, o talento quer participar, e grandes empresas estudam como entrar nesse mercado.”

Apesar do burburinho, Hollywood ainda está no começo. Estúdios tradicionais discutem como abraçar o formato sem ferir acordos com sindicatos e atores sindicalizados. Há dúvidas também sobre os gêneros que podem funcionar além do melodrama, como reality shows e documentários curtos.

Entre os que estão mais adiantados está a TelevisaUnivision. A empresa planeja lançar 40 mininovelas para celular na sua plataforma ViX e deve testar conteúdos em outros gêneros. Já a Lionsgate e a Hallmark avaliam ainda quais serão seus primeiros os nesse novo território.

Para produtores e agentes, as mininovelas para celular funcionam como campo de testes: histórias simples, produção barata e grande potencial de viralização, sobretudo quando impulsionadas em redes como TikTok.

A aposta é que o formato conquiste o público jovem e possa, mais adiante, virar produto para plataformas tradicionais. “É só uma questão de tempo até vermos uma dessas mininovelas migrar para o streaming ou virar série de TV”, disse o analista Evan Shapiro. “O desafio será monetizar. Mas se der certo, vira ouro.”

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