Produção aborda as circunstâncias que levaram ao acidente fatal, as investigações subsequentes e o impacto profundo na comunidade científica e nas famílias das vítimas
Esta foto fornecida pela OceanGate Expeditions mostra o submersível "Titan" desaparecido com 5 pessoas a bordo durante uma viagem turística aos destroços do "Titanic" no Atlântico Norte (AFP/AFP)
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 22 de maio de 2025 às 10h45.

A Netflix divulgou, nesta quinta-feira, 22, o trailer de um documentário sobre o caso do submarino Titan, operado pela OceanGate Expeditions.

O veículo implodiu a cerca de 3.300 metros de profundidade no Atlântico Norte em 2023 e, agora, virou assunto de uma produção da plataforma que promete revelar detalhes inéditos sobre a tragédia.

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A produção aborda as circunstâncias que levaram ao acidente fatal, as investigações subsequentes e o impacto profundo na comunidade científica e nas famílias das vítimas.

O documentário traz depoimentos exclusivos, imagens inéditas e uma análise aprofundada sobre os riscos e desafios das expedições em águas profundas, além de questionar as decisões da empresa responsável pela operação do Titan.

Relembre o caso

Em 18 de junho de 2023, o mundo foi abalado por uma tragédia envolvendo o submersível Titan.

Durante uma expedição para explorar os destroços do Titanic, o Titan implodiu a aproximadamente 3.300 metros de profundidade no Atlântico Norte, resultando na morte instantânea dos cinco ocupantes a bordo.

Entre as vítimas estavam Stockton Rush, CEO e cofundador da OceanGate, cuja visão ambiciosa impulsionou a exploração privada em águas profundas; Paul-Henri Nargeolet, o renomado explorador francês conhecido como “Sr. Titanic” devido ao seu extenso trabalho com o naufrágio; Shahzada Dawood, empresário paquistanês; seu filho Suleman; e o britânico Hamish Harding, que também fazia parte da expedição.

A tragédia ocorreu poucas horas após o início da descida, quando a comunicação com o submersível foi abruptamente perdida.

As autoridades, lideradas pela Guarda Costeira dos Estados Unidos, localizaram os destroços do Titan a cerca de 300 metros do próprio Titanic, confirmando a “perda catastrófica” da embarcação e de seus ocupantes.

Antes do acidente, já havia levantado preocupações importantes sobre a segurança do Titan. Em 2018, especialistas da indústria e engenheiros apontaram que o projeto do submersível não seguia os procedimentos padrão para certificação e que a OceanGate teria ignorado esses alertas.

Em 2019, Stockton Rush chegou a afirmar publicamente que encerraria a empresa caso tivesse que operar um submarino inseguro, mas mesmo assim o Titan continuou a realizar expedições.

Após o desastre, a OceanGate suspendeu todas as suas operações comerciais e de exploração. Gordon A. Gardiner, um banqueiro experiente, foi nomeado CEO para conduzir as investigações e organizar o encerramento das atividades da empresa. A investigação oficial conduzida pela Guarda Costeira dos EUA ainda está em andamento, e até o momento, não houve responsabilização judicial formal da OceanGate.

No campo judicial, em agosto de 2024, a família do explorador Paul-Henri Nargeolet entrou com uma ação contra a OceanGate, acusando a empresa de homicídio culposo — ou seja, morte causada por negligência — e buscando uma indenização superior a US$ 50 milhões.

Veja o trailer:

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