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A oportunidade escondida nas ações da Minerva (BEEF3) com o aumento de capital

BTG vê oportunidade tática no papel com arbitragem entre ações e direito de subscrição no aumento de capital

Minerva: Primeira etapa do aumento de capital levantou R$ 1,72 bilhão (Alfribeiro/Getty Images)
Minerva: Primeira etapa do aumento de capital levantou R$ 1,72 bilhão (Alfribeiro/Getty Images)
Natalia Viri

Natalia Viri

Editora do EXAME IN

Publicado em 4 de junho de 2025 às 12:42.

Última atualização em 4 de junho de 2025 às 13:16.

Os acionistas da Minerva (BEEF3) deram aval ao aumento de capital da companhia em assembleia na segunda-feira, o último o de uma operação para deixar seu balanço mais saudável.

Mais que os fundamentos da empresa, contudo, o que os investidores devem observar nesta semana é a possibilidade de arbitragem entre as ações listadas em bolsa e os bônus de subscrição que ainda estão disponíveis e podem ser negociados até segunda-feira, 10.

Na visão do BTG Pactual (do mesmo grupo de controle da Exame), comprar os bônus de subscrição é um bom negócio aos preços atuais.

Nas contas do banco, os bônus da Minerva só deixam de ser atrativos se as ações da companhia caírem abaixo de R$ 4,28 – bem abaixo dos R$ 4,75 a que os papéis são negociados atualmente.

Capitalizações que envolvem bônus de subscrição sempre causam algum tipo de confusão.

Mas começando pelo começo: a adesão da base acionária da Minerva ao aumento de capital foi de 85,75% da oferta total, de 387 milhões de ações, totalizando um aporte de R$ 1,72 bilhão, considerando o preço de exercício de R$ 5,17 por ação.

Há ainda 55 milhões de ações, conhecidas como sobras de subscrição, que podem ser exercidas até a próxima segunda-feira, colocando mais R$ 285 milhões no caixa.

Embora a adesão tenha sido elevada, o BTG destacou em relatório que esperava um nível ainda maior de participação.

Isso porque, apesar de a ação da BEEF3 estar sendo negociada abaixo do preço da oferta (R$5,17), cada direito exercido dá o a meia warrant (ticker BEEF11), o que torna o pacote bastante atrativo.

Segundo cálculos do banco com base no modelo de Black-Scholes, usado para precificação de opções, cada warrant valeria R$2,44 considerando o preço de fechamento de R$5,13 de segunda-feira.

Assim, cada direito de subscrição (BEEF1) geraria um benefício de R$1,22, mais do que suficiente para compensar os de perda embutida na diferença entre o preço da ação no mercado e o valor da subscrição.

Desde que o banco soltou os cálculos, ontem pela manhã, as ações tiveram queda, mas ainda assim a operação vale a pena, na visão dos analistas. Hoje, BEEF3 é negociado em baixa de 6,5%, a R$ 4,72.

“O BEEF1 só deixaria de ser atrativo se a ação da Minerva caísse para R$4,28 — um recuo de cerca de 16% em relação aos níveis atuais”, escreveram os analistas Thiago Duarte e Guilherme Guttilla.

Além da janela adicional, investidores que já haviam solicitado mais ações na primeira rodada poderão receber um lote proporcional extra, equivalente a 16,8752% do volume que subscreveram originalmente. A distribuição desse lote está condicionada à disponibilidade e à manifestação expressa de interesse.

O BTG acredita que, diante da atratividade da estrutura — especialmente por conta das warrants —, a maior parte dos direitos remanescentes será aproveitada, elevando a arrecadação da companhia para perto do teto de R$2 bilhões.

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Natalia Viri

Natalia Viri

Editora do EXAME IN

Jornalista com mais de 15 anos de experiência na cobertura de negócios e finanças. ou pelas redações de Valor, Veja e Brazil Journal e foi cofundadora do Reset, um portal dedicado a ESG e à nova economia.

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